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Dívida na terceira idade: saiba como prestar apoio

“Aprenda a dizer não”. Acredite se quiser, mas essa é a recomendação básica de um site de aconselhamento a quem tenha de lidar com familiares idosos superendividados. 

A dívida na terceira idade é um problema crescente que exige atenção e cuidado. Para muitos idosos, a aposentadoria, que deveria ser um período de tranquilidade, transforma-se em uma fonte de preocupação constante devido ao acúmulo de dívidas. 

Enfrentar essa situação exige mais do que simplesmente dizer “não”. É preciso compreender as causas do endividamento, oferecer apoio emocional e prático, e buscar soluções que garantam a segurança financeira do idoso. 

Neste artigo, a Crediativos apresenta algumas sugestões para ajudar seus familiares idosos a superarem o endividamento e a retomarem o controle de suas vidas financeiras. 

Por que as dívidas chegam na terceira idade?

A geração dos Baby Boomers (nascidos entre 1946-1964) e os mais velhos da Geração X (até 1980) cresceram numa era em que poupar era regra e dever era exceção. Mas o mundo mudou. Aposentadorias menos generosas, aumento da expectativa de vida e despesas inesperadas criaram um terreno fértil pro endividamento. O Federal Reserve (2022) aponta que, nos EUA, a dívida média de pessoas acima de 65 anos é de US$ 96 mil. No Brasil, o cenário não é muito diferente.

O fato é que, além de perder a renda do trabalho ao se aposentar, muitos idosos se vêem com frequência às voltas com despesas médicas ou imprevistas, além de pedidos de ajuda de amigos ou familiares – para não falar de armadilhas financeiras e mesmo de aparentes benesses como o crédito consignado.

Este, em particular, concedido pela rede bancária a aposentados e pensionistas do INSS, acaba com frequência consumindo boa parte de seus rendimentos, descontados diretamente na folha de pagamento.

Principais razões que levam os idosos ao endividamento

  • Custos de saúde: Planos caros e remédios fora do orçamento viram vilões. Um idoso com diabetes, por exemplo, pode gastar R$ 500 mensais só em medicamentos.
  • Empréstimos consignados: Com taxas atrativas, muitos pegam crédito pra cobrir emergências ou ajudar a família, mas os descontos no INSS se acumulam.
  • Apoio aos filhos/netos: É comum ver avós financiando estudos ou quitando dívidas dos mais jovens, sacrificando as próprias finanças.
  • Falta de planejamento: Sem uma reserva robusta, qualquer imprevisto – como um conserto em casa – vira dívida.

Esses fatores indicam que o problema não é só má gestão, mas um reflexo de mudanças sociais e econômicas.

Generosidade

Os idosos são especialmente sensíveis às consequências de problemas familiares que podem levar ao descontrole das finanças. Ao mesmo tempo, muitos idosos são generosos, revelando desapego ao dinheiro e a bens materiais, o que os pode tornar mais vulneráveis ao endividamento. Eles mostram essa generosidade, também, ao fazer compras e prestações em nome de amigos sem crédito no mercado e que frequentemente se esquecem de pagar.

Como pode não ser o caso de proibir os idosos de sua família de ajudar os parentes e amigos sem crédito, uma possível opção é convencê-los a ter algum controle sobre a própria generosidade, anotando as contas a pagar, ainda que alheias (mas feitas em seu nome).

Evitar dívidas, independentemente do momento da vida, pode ser difícil – principalmente se não há o hábito de se organizar financeiramente ou de poupar. Na terceira idade, então, evitar o endividamento pode ser mais penoso. Por esse motivo, os familiares e amigos precisam estar por dentro da rotina e das contas do idoso.

Desapego

Outro motivo que talvez explique o processo de endividamento na terceira idade é um certo desapego ao dinheiro. No momento da vida em que estão, muitos idosos já não almejam conquistar muitas coisas materiais. Para muitos deles, é mais importante ajudar as pessoas amigas do que guardar dinheiro.

Com isso, muitos deixam de controlar seus gastos como deveriam e “emprestam” seu dinheiro e seu nome para compras de terceiros que lhes que são próximos.

Como proteger seus pais ou avós das dívidas

Você não precisa ser especialista em finanças para ajudar – pequenas ações fazem diferença.

Para ajudar a entender melhor como evitar o endividamento de idosos, selecionamos algumas dicas importantes. Acompanhe:

Converse abertamente sobre dinheiro
Quebre o tabu. Pergunte com carinho: “Mãe, como tá o orçamento esse mês?” ou “Pai, tem alguma conta que tá pesando?”. Entenda a renda (aposentadoria, pensão) e as despesas fixas. Um exemplo: descubra se eles estão pagando empréstimos e quanto sobra depois disso.

 Ajude na organização

Mesmo que o idoso não peça, ajudar na organização das suas contas ou simplesmente perguntar sobre elas pode evitar alguma dívida que esteja se formando. Ajudar na organização financeira dessa pessoa também é uma forma de cuidar dela.

Confira as dívidas existentes
Veja os extratos do banco ou INSS e pergunte sobre empréstimos. O site Meu INSS mostra descontos de consignados, e o programa Registrato (Banco Central) lista todas as dívidas vinculadas ao CPF. Se encontrar algo, anote valores, prazos e juros.

Monte um plano de gastos realista
Sente com eles e liste despesas essenciais (água, luz, remédios) versus extras (ex.: assinaturas de revistas). Sugira um modelo básico: 60% pra necessidades, 30% pra dívidas e 10% pra guardar. Um exemplo: com R$ 2 mil de renda, R$ 200 viram uma reserva em vez de mais débito.

Acompanhe de perto
Ofereça-se para pagar contas online ou conferir extratos mensais. Um neto que configurou o app do banco para o avô evitou R$ 1 mil em multas por atraso – pequenas ações contam.

Evite o descontrole

Comprar por impulso, imediatismo, pressão social: esses são alguns dos principais motivos que levam ao endividamento da população em geral. Quando falamos da terceira idade, porém, não são só esses os principais problemas que causam o descontrole das finanças. O que mais pode desequilibrar o orçamento de um idoso são, principalmente, os problemas familiares, como uma doença ou o desemprego de um filho ou de um neto.  Esses são fatores que deixam os idosos mais vulneráveis ao endividamento.

As dívidas de idosos, por sua vez, podem causar mais conflitos familiares, ainda que muitas vezes sejam os próprios filhos que contribuem para essa situação.

Por isso é importante conversar com os idosos sobre suas dívidas e procurar entender os motivos. Na sequência você poderá sanar algumas de suas dúvidas sobre esse tema. Acompanhe!

Segundo muitos especialistas, a principal orientação para o idoso é lembrá-lo de que não precisa deixar de ajudar, mas saber com quanto é possível ajudar. Além disso, cabe reforçar que eles precisam se esforçar para organizar suas finanças, e isso pode começar a ser feito de um modo simples, com anotações em um caderninho.

Por que os Idosos estão mais vulneráveis?

Os idosos, especialmente os aposentados e pensionistas, enfrentam uma série de situações que os tornam mais vulneráveis ao superendividamento. A seguir, veremos alguns dos principais motivos.

1. Facilidade de acesso ao crédito consignado

O crédito consignado é uma modalidade de empréstimo amplamente disponível para aposentados e pensionistas, com desconto direto na folha de pagamento do INSS.

Apesar de ser uma alternativa com juros mais baixos, sua fácil contratação e a possibilidade de acumular vários empréstimos ao mesmo tempo levam muitos idosos a se endividar rapidamente.

2. Pressão familiar

Em muitos casos, os idosos acabam tomando empréstimos para ajudar familiares em dificuldades financeiras.

Seja para pagar dívidas ou ajudar filhos ou netos, muitos aposentados comprometem sua renda mensal sem planejamento adequado, o que pode resultar em dificuldades para pagar as próprias contas.

3. Falta de formação financeira:

Muitos idosos não tiveram acesso à educação financeira ao longo de suas vidas e, por isso, podem não estar familiarizados com conceitos como juros, crédito, planejamento financeiro.

Isso os torna mais suscetíveis a armadilhas financeiras e a ofertas de crédito abusivas. Por exemplo, um aposentado contrata dois ou três empréstimos consignados para ajudar os netos, mas isso acaba comprometendo mais de 30% de sua aposentadoria, deixando-o sem recursos para pagar suas próprias contas de moradia, alimentação e saúde.

Consequências do superendividamento

Além de comprometer a qualidade de vida, as dívidas podem gerar uma série de problemas que afetam o dia a dia dos aposentados e pensionistas.

Uma das principais consequências é o comprometimento de uma parcela significativa da aposentadoria ou pensão para o pagamento de dívidas, principalmente de crédito consignado.

Como as parcelas são descontadas diretamente do benefício, o idoso pode ficar com uma quantia insuficiente para cobrir suas despesas essenciais, como alimentação, moradia e medicamentos.

Além do comprometimento da renda, o idoso pode enfrentar cobranças abusivas de credores, que muitas vezes fazem pressão por meio de ligações insistentes ou mesmo ameaças.

Diante de todo esse quadro, porém, existem medidas legais e formas de renegociação que podem ajudar a aliviar o peso das dívidas. Uma das primeiras iniciativas a tomar é tentar a renegociação das dívidas diretamente com as instituições credoras, buscando descontos, redução de juros e alongamento de prazos.

Em nome da lei

Paralelamente, desde a promulgação da Lei do Superendividamento (Lei nº 14.181/2021), os idosos têm a possibilidade de entrar na Justiça com um pedido de renegociação global das dívidas. Essa lei garante ao idoso um mínimo de sua renda mensal para cobrir despesas essenciais, como alimentação, moradia e saúde.

O processo judicial reúne todos os credores para negociar um plano de pagamento que seja viável para o devedor.

Se for alvo de cobranças abusivas, o idoso tem o direito de denunciar essas práticas junto aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon ou a Defensoria Pública, conseguindo dessa forma reduzir o valor das parcelas e preservar parte da renda para suas despesas básicas.

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