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O ano já passou da metade e você se deu conta de que ainda não conseguiu concretizar nem um terço das mudanças e metas financeiras que havia estipulado lá atrás, em janeiro. Pois saiba que você não está sozinho: uma pesquisa feita pelo SPC Brasil e pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) indicou que 58% dos brasileiros admitem não conseguir se dedicar às próprias finanças como gostariam.

Seja por falta de tempo, dificuldade de organização, ou mesmo por uma tendência natural de procrastinar tudo que não for urgente, a realidade é que grande parte das pessoas costuma deixar em segundo plano o cuidado com as finanças pessoais, varrendo para debaixo do tapete pendências que precisariam ter sido resolvidas para ontem.

Do mesmo modo, apertar o cinto dos gastos para finalmente assumir o controle das contas acaba se tornando mais uma resolução de ano novo – e de vida nova! – eternamente adiada. O fato é que a decisão exige disciplina, determinação, engajamento e também uma boa dose de educação financeira e autoconhecimento.

Para assumir as rédeas das próprias finanças e começar a caminhar com firmeza em direção às nossas metas e objetivos, é preciso, antes de tudo, reconhecer quanto nossos próprios hábitos e padrões de comportamento estão moldando nossa relação com o dinheiro. Ou seja, a forma como organizamos nossas contas, priorizamos nossos gastos e tomamos decisões de compra, de economia e de investimento. E isso passa por identificar os obstáculos que nos têm levado a negligenciar nossa própria independência e autonomia, impedindo-nos de alcançar uma vida financeira mais saudável.

Para ajudar você nessa batalha de reorganizar as contas para começar agora mesmo a planejar um futuro de mais liberdade, saúde e bem-estar financeiro, listamos três passos básicos de controle das contas, que funcionam como uma bússola capaz de nos guiar em direção à organização e à estabilidade que tanto almejamos.

1. Encare de frente: organize as contas

Já ouviu falar que a melhor forma de combater um inimigo é, antes de tudo, conhecê-lo muito bem? Pois bem, para ter o controle das contas na palma da mão precisamos encará-las de frente, sem medo. E se você se sente perdido com tanta informação toda vez que abre o extrato do seu banco, então é hora de fazer você mesmo um mapeamento de todas as suas despesas. Todas mesmo, hein! Não deixe nenhuma de fora.

Bora começar? Então, pegue um café e encare a papelada: dedique algum tempo visitando todas as suas contas, gastos e pendências. Ponha na ponta do lápis do cafezinho depois do almoço ao aluguel e outras despesas grandes. O controle das finanças começa por traçar um panorama geral de todas as saídas do seu orçamento, para acabar de vez com aquela sensação de que você não sabe para onde está indo o seu dinheiro. Esta é a hora de descobrir o destino de cada centavo!

2. Planejamento: programe-se para alcançar suas metas

Você já deve ter ouvido mais de uma vez que todo planejamento financeiro começa pela montagem de um orçamento pessoal. Esse é um passo básico, do qual você não vai ter como fugir. Para registrar suas entradas e saídas, o ideal é fazer uso de alguma ferramenta apropriada, como uma planilha ou um aplicativo, que ajude a tornar esse processo mais prático e organizado. Se você não é amigo da tecnologia, isso não pode ser uma desculpa, Vale até papel de pão. O importante é não deixar passar nada, nem mesmo aqueles gastos que parecem inofensivos, sabe?

Com uma compreensão clara das suas receitas e despesas, é hora de categorizá-las. Agrupe as despesas em categorias, como aluguel, alimentação, transporte e lazer, entre outras. Isso ajuda a ter uma visão mais clara do caminho do dinheiro e facilita a identificação de áreas em que é possível economizar.

Na sequência, estabeleça valores realistas para seu orçamento. Determine quanto você está disposto a gastar em cada categoria. Lembre-se de incluir uma parcela para gastos imprevistos ou emergências. O objetivo aqui é encontrar um equilíbrio entre atender às suas necessidades básicas e garantir que você esteja economizando para objetivos futuros.

Em seguida, tendo todos os números na mão, é hora de traçar o seu plano. E acredite, isso pode até ser divertido. Pense nas suas metas: comprar um carro novo, viajar ou simplesmente ficar tranquilo sabendo que tem uma reserva de emergência. Divida essas metas em etapas menores e calcule quanto precisa economizar para alcançá-las. E não se esqueça de reservar uma parte para os gastos mais descontraídos. Afinal, a vida não é só pagar contas.

3. Controle: vigie seus hábitos no dia a dia

Um controle financeiro eficiente não consiste apenas em montar um orçamento e segui-lo rigidamente. É essencial acompanhar regularmente seus gastos e compará-los com o que foi planejado. O objetivo é garantir que suas despesas não excedam suas receitas e, caso ocorra algum um desequilíbrio, fazer os devidos ajustes.

Se perceber que está gastando mais em determinadas categorias do que o previsto, não se desespere! Procure ser flexível e busque novas maneiras de reduzir outras despesas que você considere menos essenciais. Ou seja, a chave é reduzir gastos em categorias menos essenciais e encontrar maneiras de aumentar suas receitas por meio de fontes alternativas, a chamada renda extra.

Um recurso que pode ajudar é estabelecer metas diárias de economia e criar o hábito de anotar tudo que você gastou. No fim do dia, faça as contas e veja se conseguiu atingir a meta. Em caso negativo, questione-se sobre a real necessidade de cada despesa feita.

Lembre-se também de que o controle dos gastos passa necessariamente por uma revisão de seus próprios hábitos de consumo, a fim de adequá-los à sua realidade e aos objetivos. A chave aqui é praticar o consumo consciente, ou seja, encarar o consumo como uma ferramenta de bem-estar e não como um fim em si mesmo.

Muito além de deixar de comprar, o que precisamos é mudar a forma como consumimos, as motivações e os questionamentos que fazemos a nós mesmos antes de tomar uma decisão de compra. O hábito de gastar sem questionar a real necessidade do que estamos consumindo, sem antes procurar alternativas menos caras, sem pensar em durabilidade e custo-benefício, acaba por criar rombos de origem invisível em nossa conta bancária.

Outro hábito importante para incorporar no seu dia a dia e que vai te ajudar muito a controlar as contas: se organizar antes de ir às compras. Além de pesquisar preços, modelos e opções daquilo que você quer comprar, é importante olhar para o que você já tem.

Se for ao supermercado, por exemplo, confira antes tudo o que está faltando, está próximo do vencimento ou já está no fim, e então faça uma lista do que realmente é necessário. Se está precisando comprar um presente, não deixe de fazer uma busca virtual antes de ir a uma loja física. Assim você já sai de casa tendo uma ideia de quanto gastar e se protege dos preços abusivos.

Por fim, antes de comprar, cheque suas motivações e questione-se se precisa mesmo daquilo. Faça a si mesmo as seguintes perguntas: “Quero?”, “Mereço?”, “Preciso?” e, principalmente, “Posso?”. Se a resposta for não para alguma delas, então é melhor pensar um pouco mais.

Normalmente, nós já conhecemos nossos próprios gatilhos e, conforme vamos treinando esses questionamentos, vai ficando mais fácil reconhecer se de fato precisamos de algo e ou se estamos nos enganando para satisfazer um impulso momentâneo.

Leia mais: Mudanças à vista no rotativo: e você com isso?

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