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Com certeza você já ouviu a frase: “se souber usar, não vai faltar”. Normalmente citada para se referir à necessidade de fazer uso consciente e responsável dos recursos naturais, sejam eles quais forem, para evitar escassez futura, ela também cai como uma luva no universo das finanças. Afinal, saber usar o dinheiro de forma consciente e sustentável é fator chave na preservação de uma vida financeira saudável. E aqui não estamos falando apenas dos recursos disponíveis na conta, mas principalmente daqueles que já estão em falta e precisarão ser repostos por meio de uma linha de crédito.

Mas afinal, pegar dinheiro emprestado será mesmo uma boa ideia? Bom, é claro que fazer dívidas não é lá o melhor dos mundos, mas também é fato que ninguém está livre de passar por uma situação inesperada e ter de recorrer a um empréstimo. Ou de precisar comprar algo de imediato, mas não contar com 100% do valor disponível naquele momento.

Pegar dinheiro emprestado de fato pode ajudar em momentos de aperto no orçamento. As linhas de crédito podem ser aliadas da sua saúde financeira não apenas em situações imprevistas, mas também na conquista de sonhos e objetivos. Também podem ser uma solução, por exemplo, para negociar ou quitar dívidas mais caras.

Mas antes de sair em busca de um crédito pessoal, além de ponderar taxas e condições, é preciso cautela, inteligência e planejamento, para que os recursos obtidos sejam usados da forma mais consciente e racional possível. Caso contrário, o resultado pode ser mais dívidas. A Crediativos traz algumas dicas para te ajudar nessa jornada.

Continue a leitura e saiba os cuidados para fazer isso de forma consciente, planejada e, principalmente, sem excessos.

Afinal, o que é crédito?


Em linhas gerais, o crédito pode ser definido como o meio pelo qual conseguimos comprar mercadorias, contratar serviços ou obter determinada importância em dinheiro para pagamento futuro. Se usado do jeito certo, com consciência, racionalidade e planejamento, pode ser um caminho válido para tirar aquele projeto antigo do papel e aproximar você dos seus sonhos e objetivos de médio e longo prazo.

Se usados de forma inteligente, cuidadosa e equilibrada (sem que comprometam demais o orçamento), os recursos provenientes de um empréstimo, de um parcelamento ou de um financiamento podem ser aliados da boa gestão das finanças pessoais, ao permitirem parcelar gastos importantes, diluindo as saídas de caixa e resultando em algum tipo de economia ou em novas fontes de recursos no futuro. Em resumo, a “dívida boa” é aquela que, quando deixa de existir, gera algum tipo de ganho ou retorno para o tomador.

Tipos de crédito


As opções mais comuns de crédito são o cartão de crédito, o cheque especial, o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), o crédito consignado e o financiamento. Conheça a seguir as características, vantagens e desvantagens de cada um para saber qual o mais adequado para cada situação.

Cheque especial


Muito popular no Brasil, o cheque especial nada mais é do que uma linha de crédito pré-aprovada para quem tem conta corrente. Por isso mesmo ela é tão perigosa para quem não costuma controlar os gastos com o cartão de débito, por exemplo. Isso porque, caso a sua conta se torne devedora, automaticamente você entra nesse limite do cheque especial, e depois paga juros altíssimos sobre o valor negativo.

Segundo dados do Banco Central do Brasil, a taxa média de juros cobrada pelas instituições para uso do cheque especial pode chegar a 15% ao mês (mais de 300% ao ano), sendo essa uma das taxas de juros mais altas do país.

Ou seja, o limite do cheque especial deve ser usado em casos de exceção e de extrema necessidade, para cobrir despesas de emergência e de curto prazo. Para que o montante não vire uma bola de neve, não é indicado usar o cheque especial por mais de 30 dias.

Cartão de crédito


Muito usado pelos brasileiros no dia a dia, esse nosso velho companheiro tão acionado para cobrir gastos cotidianos também pode acabar se tornando o grande responsável por complicar de vez nossa vida financeira se usado de forma desmedida ou descontrolada.

Atrelado a uma linha de crédito pré-aprovada, o cartão de crédito é um meio eletrônico de pagamento que oferece uma série de vantagens e facilidades ao consumidor, permitindo comprar produtos e serviços pelo preço à vista ou com condições especiais de parcelamento.

O que poucas pessoas se dão conta é que o cartão de crédito também constitui uma forma de empréstimo. Isso porque, a cada vez que você passa o cartão, está solicitando à corretora responsável um dinheiro emprestado para pagar a sua compra naquele momento. Quando chegar a fatura, você deverá pagar aquele valor integral a ela de volta.

Fica aqui o alerta: justamente por oferecer facilidade e comodidade nas compras do dia a dia, o cartão de crédito acabou se tornando um dos grandes responsáveis pelo endividamento do brasileiro.

Portanto, além de evitar compras impulsivas, o bom uso do cartão está atrelado ao pagamento integral da fatura na data certa, evitando assim uma bola de neve de juros, que também são muito altos, podendo chegar a 15% ao mês.

Crédito Direto ao Consumidor (CDC)


Também conhecido como empréstimo pessoal, o CDC atende a diversas finalidades e pode ser usada para a compra de qualquer bem ou serviço. Essa modalidade de empréstimo pode ser uma solução prática para concluir uma compra e pode ser oferecida por bancos, financeiras ou pela própria loja que está vendendo o produto. O cartão de crédito e o crediário são consideradas variações desse tipo de empréstimo.

Empréstimo pessoal


Trata-se da linha de crédito mais comum oferecida pelos bancos, financeiras e fintechs, na qual o valor é ofertado sem a necessidade de qualquer garantia e sem que se imponham condições de como ele será usado. É recomendado para cobrir despesas mais altas e emergenciais, como as de uma cirurgia, por exemplo.

Crédito consignado


Exclusiva para algumas categorias de assalariados, como aposentados pelo INSS, pensionistas, trabalhadores CLT, profissionais das Forças Armadas e funcionários públicos, essa alternativa de crédito funciona como um empréstimo no qual as parcelas são deduzidas diretamente da folha de pagamento do salário ou do benefício. Por isso mesmo, opera com taxas de juros mais baixas.

Mas atenção: ao optar pelo empréstimo consignado, tenha clareza sobre o propósito por trás dele, e não deixe de conferir com o gerente do banco ou a área de recursos humanos da sua empresa qual o percentual que será debitado da sua renda, certificando-se de que não irá comprometê-la além da conta.

Financiamento


Muito usado para compra de imóveis ou veículos, o financiamento é uma linha de crédito em que se define, na assinatura do contrato, o bem ou serviço que está sendo adquirido. Neste caso, o próprio bem servirá como garantia em caso de inadimplência.

Como usar o crédito de forma consciente?


Confira abaixo os principais passos e cuidados necessários para garantir o uso consciente do crédito.

Entenda qual o valor necessário


Sabendo quanto irá pedir e em que irá investir, faça uma pesquisa de preço e procure pelo melhor negócio, de forma a chegar ao valor que será preciso obter para suprir a necessidade.

Procure pela linha de crédito mais adequada ao seu caso


Seja cheque especial, cartão, empréstimo ou financiamento, busque pelo tipo de crédito mais adequado à sua situação, aquele que oferecerá os melhores resultados para a sua realidade e objetivo.

Analise com cuidado as formas e opções de crédito disponíveis para você e procure entender qual a melhor modalidade para o seu perfil, levando em conta as taxas e condições e comparando o valor final a ser pago em cada uma delas.

Defina o destino do dinheiro


Uma vez tomada a decisão por uma linha de crédito, é imprescindível delimitar e planejar o seu uso. O crédito contratado deve ter uma finalidade determinada e atender a uma necessidade específica, para que esse recurso não se torne recorrente.

Avalie se as taxas do empréstimo são atrativas e se compensa fazer o empréstimo em valor maior para quitar outros empréstimos (como cheque especial, que costuma ter juros maiores). Ter apenas uma prestação mensal ajuda a organizar o orçamento.

Faça uma opção que caiba no seu bolso


Para não transformar o que poderia ser a solução de um problema em mais uma dor de cabeça, faça simulações e certifique-se de que as parcelas não comprometerão sua saúde financeira. O crédito não é uma fonte de renda e não deve compor seu cálculo de orçamento.

Corte gastos e reveja seus hábitos de consumo


Avalie suas despesas e identifique quais gastos podem ser cortados. Essa é uma medida importante para combater o desperdício e desenvolver hábitos de consumo mais conscientes e racionais. Assim, você não apenas garante que não vai se enrolar com o pagamento da sua dívida, como também abre caminho para uma maneira mais saudável e sustentável de se relacionar com o dinheiro.

Crie rotinas financeiras e mantenha o controle do seu orçamento


Depois de contratar a linha de crédito, nada melhor do que estabelecer determinadas rotinas financeiras para garantir o controle das entradas e saídas do seu orçamento e, assim, usar o valor obtido da forma mais racional possível. Isso envolve anotar e registrar em uma planilha orçamentária todas as suas despesas, mesmo aquelas que pareçam inofensivas, e evitar ao máximo qualquer tipo de gasto desnecessário ou desmedido.

Leia também: Dívida boa? Será que isso existe?

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