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De repente você se vê imerso em um mar de parcelas atrasadas, prestações vencidas, faturas de cartão de crédito estouradas, muitas dúvidas sobre qual será o estado da sua conta bancária no final do mês e uma única certeza: a de que não será capaz de fazer um planejamento financeiro básico, que lhe permita ter mais tranquilidade com as finanças e estipular metas de médio e longo prazo. Sem saber direito como chegou àquela situação de tamanha desorganização e descontrole, bate aquele desespero e você se pergunta: por que ninguém nunca me ensinou como evitar isso?

Pois é, a verdade é que manter organização e disciplina em relação às finanças pessoais não é nenhum bicho de sete cabeças, mas, se não tivermos adquirido ou desenvolvido alguns conhecimentos e ferramentas básicas, pode ser um desafio e tanto para a grande maioria de nós. Afinal, educação financeira deveria ser disciplina obrigatória na escola, além de um aprendizado constante a ser desenvolvido no âmbito familiar e doméstico desde a infância. Quase nunca é assim.

Mas calma! A educação financeira é uma trilha que pode ser iniciada a qualquer momento, desde que haja disposição para uma revisão profunda e honesta da forma como lidamos com as finanças e para uma real mudança de hábitos.

E se é verdade que para quem não recebeu referências positivas sobre finanças na infância é muito mais difícil desenvolver certos hábitos, também é fato que, quanto mais tarde tomarmos a decisão de desbravar esse caminho, mais árduo ele tenderá a ser.

Continue a leitura para entender melhor o que é educação financeira e como pôr esse conceito em prática na sua vida para transformar a sua relação com o dinheiro.

O que é educação financeira?

Manter bons hábitos de consumo, aprender a organizar e controlar o orçamento doméstico e saber se planejar para ter uma vida financeira equilibrada – agora e no futuro – parece ser algo difícil? Pois saiba que você não está sozinho nessa sensação de inabilidade para lidar com as finanças.

Pesquisas apontam que esse tipo de conhecimento ainda é ignorado pela maioria dos brasileiros. Um levantamento recente revelou que Brasil ocupa a modesta 74ª posição no ranking dos países mais educados financeiramente, atrás mesmo de economias menos desenvolvidas. Outro estudo desenvolvido pela Leve, fintech de educação financeira, mostra que mais da metade dos brasileiros não sabem se preparar para metas de longo prazo.

Educação financeira não é simplesmente saber como organizar as contas e manter o orçamento em dia, e engana-se quem pensa que ela se restringe a cursos teóricos envolvendo cálculos, índices e tabelas. Muito além disso, a jornada da educação financeira tem como foco desenvolver uma visão mais ampla sobre dinheiro e como lidar com ele de forma realista e inteligente. Pessoas educadas financeiramente tendem não só a ser mais disciplinadas, como sabem fazer seu dinheiro render, porque são mais informadas e esclarecidas.

Além da falta de conhecimento sobre finanças, outro obstáculo para desenvolver educação financeira e estabelecer metas de longo prazo está ligado à própria cultura consumista na qual estamos inseridos. Desde os primeiros meses de vida, somos influenciados por padrões de comportamento que revelam muito sobre uma sociedade que encontra no consumo uma forma de felicidade instantânea, capaz de proporcionar status e bem-estar. Essa visão de mundo acaba por moldar a forma como nos relacionamos com os produtos e serviços que consumimos ao longo da vida e pode representar um grande obstáculo para uma vida financeira equilibrada.

Em primeiro lugar, é importante lembrar que a educação financeira é um processo gradual, realizado por meio de pequenas mudanças a serem incorporadas aos nossos hábitos e ao nosso estilo de vida. Ao longo dessa jornada, aprimoramos pouco a pouco o modo como organizamos nossas finanças e desenvolvemos consciência sobre nossos ganhos e gastos e sobre como gerenciamos nossos investimentos, planejamos nossas contas e o nosso futuro. Assim, nos tornamos capazes de fazer melhores escolhas financeiras e conquistar nossa autonomia.

Se você também pertence ao time dos que ainda não conseguiram desenvolver a disciplina e conquistar a liberdade necessárias para se organizar, se planejar e realizar sonhos e metas financeiras, então acompanhe aqui algumas dicas da Crediativos para iniciar agora os primeiros passos desse caminho a ser trilhado pela vida toda.

Dicas práticas para começar agora

Estude

Não estamos dizendo que você deve ser tornar um especialista em finanças, nem cursar um PhD em Harvard. O importante é aprender sobre educação financeira no dia a dia. Cursos de curta duração, leituras básicas ou mesmo o acompanhamento de blogs e notícias diárias sobre economia e finanças já irão ajudá-lo e muito a adquirir uma base de conhecimento relevante e útil para a sua realidade.

Ponha em prática: monte seu orçamento pessoal

Pode ser no papel, no computador, via aplicativo… O importante é encontrar o método de controle do orçamento que funcione melhor para você.

Passe então a mapear todas as suas entradas e saídas nessa planilha, para então identificar os gastos que podem ser cortados, começando pelos mais supérfluos. Pouco a pouco, a ideia é ir eliminando tudo aquilo que não for essencial para você.

Faça um plano de quitação de dívidas

Se você tem dívidas, procure identificar todas elas e distinguir as atrasadas daquelas que ainda estão para vencer. Esse é o primeiro passo para a reorganização do seu orçamento. Um plano de ação estruturado é fundamental para que você mantenha o equilíbrio mental mesmo quando ainda há pendências financeiras no seu caminho. Procure pelos credores para negociar, sempre buscando acordos que comtemplem descontos e pagamentos facilitados.

Controle pequenas despesas

A maioria de nós nem percebe isso, mas são os pequenos gastos do cotidiano, que aparentemente não pesam no bolso, os que costumam ter maior impacto no orçamento. Restaurante, estacionamento, cabeleireiro, mimos para a casa… ignorar despesas “inocentes” do dia a dia é uma das maiores armadilhas das finanças pessoais.

Por isso, comece a anotar todas as suas despesas, incluindo até o cafezinho na padaria depois do almoço, para ter uma dimensão real do quanto você está gastando de fato no dia a dia.

Aprenda a abrir mão

Procure manter atenção plena aos seus gastos, aprendendo a diferenciar o que é de fato imprescindível daquilo que pode ser dispensado em nome de um objetivo maior.

Sabe aqueles gastos que podem ser totalmente cortados sem maiores prejuízos sempre que houver necessidade de enxugar o orçamento? Sim, é desses que estamos falando. Claro que você não precisa abrir mão de tudo aquilo que você gosta. Mas com uma investigação mais cuidadosa sobre seus hábitos de consumo sempre é possível mapear excessos que podem ser abandonados sem maiores sofrimentos.

Comece a economizar e a poupar

Enquanto “economizar” significa não gastar de forma desnecessária, ou seja, evitar compras supérfluas e consumir com controle, poupar está atrelado ao ato de guardar uma parte do dinheiro que se ganha. Para poupar, é preciso não somente economizar, mas também direcionar o dinheiro não gasto para um fim específico: o seu “cofrinho”.

Faça uma reserva de emergência

Organize seu orçamento de modo que haja sobras de caixa mensais, mesmo se ainda estiver quitando suas dívidas. A formação de uma reserva de liquidez poderá absorver imprevistos e evitar novo endividamento.

Defina metas de economia

Estabeleça um valor ou a proporção exata da renda que pretende economizar por mês. Mesmo que baixa no início, o importante é cumprir a meta à risca, para manter a disciplina e a motivação.

Comece a investir

Economizando e poupando, é possível constituir uma reserva disponível para fazer o dinheiro render. Assim, além de evitar desperdícios, você passa a potencializar seus ganhos.

Leia mais: Reserva de Emergência: Já fez a sua?

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