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Endividamento ao redor do mundo: lições universais para melhorar suas finanças

Dívida: só de ouvir essa palavra muita gente já sente arrepio. E não é para menos — no Brasil, onde 78% das famílias estão endividadas, o cartão de crédito virou um velho conhecido. Daqueles que estão sempre por perto… especialmente na hora de cobrar, com juros nada amigáveis. Mas…você já parou para pensar em como outras culturas lidam com o dinheiro — e, mais especificamente, com as dívidas?

Embora o endividamento não faça distinção entre povos ou culturas – atravessando continentes, classes sociais e gerações para atingir as mais diversas realidades –, a forma como cada cultura lida com o dinheiro (ou com a falta dele) varia tanto quanto as línguas e sotaques que ouvimos pelo mundo. No Japão, por exemplo, contrair dívidas pode ser visto como uma questão de honra. Já na Alemanha, falar sobre pendências financeiras é quase um tabu.

Mas o que podemos aprender com a forma com que o resto do mundo encara o endividamento? No artigo de hoje, a Crediativos te convida para um tour global e revela lições valiosas que outros países podem nos ensinar — insights que podem ajudar não só a organizar suas contas, mas também a recuperar sua paz mental.

A dívida como espelho cultural

Endividamento não é apenas sobre números — é uma questão cultural.  Ele reflete valores, hábitos e até a forma como uma sociedade enxerga o futuro.

Países asiáticos, como Japão e China, têm uma abordagem de planejamento financeiro que enfatiza muito a poupança e os investimentos de longo prazo. Já no Ocidente, especialmente na América do Norte, o planejamento financeiro tende a ser orientado por um pragmatismo acentuado, que pode entrar em conflito com a cultura do consumismo, gerando uma dualidade entre desfrutar do presente e investir no futuro.

Nos Estados Unidos, por exemplo, onde a dívida média por adulto ultrapassa US$ 66 mil (Federal Reserve, 2023), tomar crédito faz parte do cotidiano: casa, carro, faculdade — tudo é financiado. O famoso jargão “compre agora, pague depois” reflete uma cultura que valoriza o consumo imediato e acredita no crescimento contínuo. O resultado? Mais de um trilhão de dólares em dívidas com cartão de crédito — e uma geração convivendo com a ansiedade financeira como se fosse algo normal.

Já no Japão a coisa é diferente. Endividar-se pessoalmente carrega um peso social. A cultura de poupança, enraizada no pós-guerra, faz com que cerca de 60% das famílias japonesas guardem pelo menos 20% da renda mensal, segundo dados do Banco do Japão. Empréstimos existem, claro – especialmente no mercado imobiliário –, mas o estigma de não pagar no prazo é tão temido que muita gente prefere ajustar o estilo de vida e viver com menos a correr o risco de se enrolar financeiramente. Por lá, controlar os gastos chega a ser uma questão de honra.

E na Alemanha? Aí é caso de amor com a frugalidade. Os alemães têm uma expressão, Schulden, que junta dívida e culpa num pacote só. Não à toa, apenas 27% das famílias têm dívidas de consumo (Bundesbank, 2023), e o financiamento de carros ou eletrodomésticos é menos popular que no Brasil. A mentalidade é clara: se não tem, não gasta. Simples – e poderoso.

África e a importância da comunidade

Em países africanos, o endividamento reflete um mosaico de realidades econômicas e culturais. Maior economia do continente, com PIB de US$ 477 bilhões, a Nigéria viu o crédito pessoal explodir com apps de empréstimo instantâneo. Segundo o Banco Mundial, cerca de 40% dos nigerianos têm dívidas informais ou formais, muitas vezes para cobrir despesas básicas – comida, escola, saúde. Já na África do Sul, o cenário é mais próximo do Ocidente. Com uma classe média numerosa, o país tem 60% das famílias endividadas, especialmente com hipotecas e cartões.

Apesar das dificuldades, em boa parte dos países africanos, o senso de comunidade e de solidariedade está no centro do planejamento financeiro. O conceito de “Ubuntu” – “Eu sou porque nós somos” – permeia também a relação das pessoas e famílias com o dinheiro, e em muitas culturas africanas, a segurança e o equilíbrio financeiros são frequentemente alcançados por meio do suporte mútuo da comunidade e das famílias numerosas.

Esse apoio inclui contribuições financeiras para cerimônias importantes, educação dos membros mais jovens e assistência em períodos de dificuldade e endividamento.

Também são comuns os esquemas de poupança rotativa, em que grupos de indivíduos contribuírem regularmente para um fundo comum, uma espécie de “reserva de emergência coletiva”, acionada sempre que um dos membros passa por um aperto, ou para financiar empreendimentos específicos.

 

Brasil: a dívida como sobrevivência (e forma de consumo)

No Brasil, ter dívidas já se tornou quase um estilo de vida. Amplamente ofertado, o crédito faz parte da rotina — do parcelamento no cartão ao cheque especial e aos financiamentos. Somos o país do “jeitinho”, mas também dos juros nas alturas – o cartão de crédito chegou a custar impressionantes 400% ao ano em 2023, segundo o Banco Central.

Assim, o que começa como um “parcelamento sem juros” pode virar uma armadilha quando a fatura não cabe no orçamento no fim do mês. E não são só as pessoas físicas que sofrem — empresas de todos os tamanhos, de PMEs a grandes corporações, também patinam na hora de lidar com o endividamento. Basta olhar para os pedidos de recuperação judicial, por exemplo, que cresceram 50% em dois anos, segundo a Serasa Experian.

A cultura do consumo imediato, somada a salários comprimidos e uma inflação que ronda os 5% (IBGE, 2025), cria um cenário onde o endividamento parece inevitável. Mas nem tudo é caos. Afinal, a resiliência do brasileiro é única. Quem aí nunca renegociou uma dívida, fez malabarismos para pagar o mínimo do cartão ou “deu um jeitinho” para contornar uma despesa inesperada?

A boa notícia é que dá pra sair desse ciclo — e, muitas vezes, a resposta está em observar como outras culturas lidam com o dinheiro. Aprender com o mundo pode ser o primeiro passo para transformar nossa relação com as finanças.

Lições culturais para tirar você do vermelho

O endividamento não é exclusividade do brasileiro. Americanos, japoneses, alemães, sul-coreanos – todos enfrentam dívidas de um jeito ou de outro. A diferença está na mentalidade. E é aí que entram as lições culturais.

Se abrirmos o mapa-múndi e olharmos como outras culturas lidam com o dinheiro, dá para aprender muito – e, quem sabe, sair do vermelho com mais consciência (e menos culpa).

1. Poupe como o japonês, mas sem rigidez extrema

No Japão, poupar é quase religião – famílias guardam até para imprevistos que nunca chegam. Contrair dívidas pessoais carrega um forte estigma social, e não pagar uma conta em dia pode ser visto como desonra. O resultado? A cultura da poupança é tão enraizada que mais da metade das famílias guarda ao menos 20% da renda. Eles compram menos, vivem com o essencial e priorizam a segurança financeira. 

A lição aqui? Evitar o impulso e pensar no longo prazo.

No Brasil, onde o custo de vida não para de aumentar, economizar 20% pode soar loucura. Mas que tal 5%? R$ 100 por mês, num fundo de emergência, viram R$ 1.200 em um ano – o suficiente pra cobrir uma fatura surpresa. Comece pequeno, tipo deixar de pedir um lanche por semana. O segredo é consistência, não sacrifício.

2. Pense como alemão: você realmente precisa disso?

Na Alemanha, dívida é sinônimo de instabilidade. A educação financeira começa cedo e o uso do crédito é limitado. Muitos alemães preferem juntar o dinheiro antes de comprar qualquer coisa – até mesmo um carro. Esse hábito mostra que a organização e o planejamento ainda são as melhores ferramentas contra o endividamento.

Os alemães são mestres da disciplina financeira, e a lição mais valiosa que têm a nos ensinar é a de questionar o consumo. Antes de parcelar o celular de última geração, pergunte-se: “Dá pra continuar com o que já tenho?” No Brasil, onde o crédito é fácil e o marketing grita apelos de consumo o tempo todo, esse filtro pode nos salvar. Experimente a regra dos 30 dias: teve vontade de comprar? Espere um mês. Se ainda fizer sentido, vá em frente – com planejamento, não no impulso.

3. Negocie como brasileiro, mas com estratégia

Ninguém renegocia como a gente – é quase um superpoder. Mas, em vez de empurrar com a barriga, aprenda com os americanos, que barganham com bancos pra baixar juros. Ligou pro gerente e pediu desconto na dívida? Insista, compare ofertas, use plataformas como Serasa Limpa Nome. Uma dívida de R$ 5 mil pode cair pra R$ 3 mil com a abordagem certa. É seu dinheiro – lute por ele.

Se tem uma coisa que o brasileiro sabe fazer bem é negociar. A gente dá nó em dívida e ainda arranca desconto. Mas dá para evoluir: precisamos aprender com os americanos a usar a negociação como estratégia real, barganhando com os bancos para baixar juros.


Ligue para a instituição devedora, peça redução nos juros, compare propostas e use ferramentas como o Serasa Limpa Nome ou plataformas de negociação online, como a da Crediativos, para obter os melhores acordos e condições. Com a abordagem certa, é possível conseguir descontos atrativos e parcelamentos que cabem no seu orçamento e na sua realidade. Não ceda logo na primeira proposta — lute pelo seu bolso.

4. Sonhe grande, mas com os pés no chão

Os EUA nos mostram o lado bom do crédito: investir em você – em um curso de formação ou aperfeiçoamento profissional, no seu negócio, na casa própria. Mas o pulo do gato é planejar. Sonhar, sim. Se endividar no impulso? De jeito nenhum.

Quer abrir uma loja? Ótimo! Mas antes estude profundamente o mercado. Não financie tudo no calor do momento. Faça contas, pesquisa linhas de crédito com juros baixos (como as do BNDES, por exemplo) e tenha sempre um plano B. O sonho é livre, desde que o chão esteja firme sob seus pés. E o endividamento sem uma rede de apoio pode se tornar uma perigosa armadilha.

O que fica dessa viagem?

Endividamento é fenômeno global, mas a saída é local – e pessoal. Mais do que quem você é, sua relação com o dinheiro reflete quem você quer ser. Já parou pra pensar no que te prende ao vermelho? Talvez seja hora de dar um passo, nem que seja pequeno: cortar uma assinatura, negociar uma fatura, guardar R$ 100. Pequenas ações, inspiradas por lições vindas de longe, podem te levar mais perto da sua liberdade financeira.

E aí, qual dessas ideias você vai testar primeiro?

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