Logo da Crediativos no cabeçalho

Blog

Fazer a declaração de renda talvez esteja na liderança dos perrengues a que a maioria das pessoas economicamente ativas está sujeita praticamente em todos os anos de sua vida produtiva. Se há um lado positivo nessa tarefa é descobrir que, em vez de pagar, o contribuinte tem um valor a ser restituído.

Isso acontece quando, ao fazer a declaração, o contribuinte descobre que tem direito à devolução de parte dos valores retidos na fonte, principalmente em salários, mas também em outros pagamentos recebidos no ano anterior.

Acontece, também, porque, ao fazer a declaração, o contribuinte pode abater da base de cálculo do imposto os gastos com sua saúde e de seus dependentes; as contribuições ao INSS e à previdência privada; despesas com educação; pensão alimentícia e doações.

Ao entrar no site da Receita Federal para fazer a declaração de renda, o contribuinte pode conferir, item por item, os abatimentos a que tem direito, desde que possa documentar os pagamentos feitos com cada item. Isso vale mesmo para a declaração pré-preenchida que a Receita Federal oferece de modo opcional aos contribuintes, montada com informações disponíveis em seu banco de dados.

Este ano, a restituição será paga entre os dias 31 de maio e 20 de setembro, por ordem de entrega das declarações e com prioridade aos contribuintes com mais de 80 anos, em seguida para os de mais de 60, aos portadores de doenças e professores.

Como usar sua restituição de forma inteligente

Se você também entrou para o rol dos contribuintes que têm valores a serem restituídos, fica a dica: por mais tentador que seja aproveitar esse dinheiro “a mais” que entra na conta para liberar a torneirinha da gastança e ir às compras como se não houvesse amanhã, o melhor a fazer é usá-lo com cautela e inteligência. Ainda mais se você tem pendências financeiras!

Um dinheiro extra pode ser um grande alívio para quem está com dívidas ou acumulou contas em atraso. Se não for essa a sua situação, sempre vale ter em mente aquele velho e sábio ditado de que “dinheiro na mão é vendaval”. E a gente sabe que é assim mesmo que funciona: dinheiro na conta corrente tende a ir embora rapidinho, e quase sempre com coisas supérfluas. Por isso, é importante saber poupar todo recurso adicional que entra. Quem sabe não é esse o momento de finalmente começar sua reserva de emergência, ou mesmo de fazer um upgrade em sua carteira de investimentos?

Seguem aqui algumas dicas do que fazer com essa mais do que bem-vinda grana extra que cairá em breve na sua conta:

Saia do vermelho

Liquidar as dívidas deve ser sempre uma prioridade para quem está inadimplente, ou mesmo para quem está passando por dificuldades ou precisando se reorganizar financeiramente. Afinal, com o dinheiro na mão sempre é possível conseguir bons descontos e se livrar daquele peso incômodo no nosso orçamento: os temidos juros. Ainda que você não esteja com o valor integral disponível, um dinheiro extra pode te ajudar a renegociar com o credor e fazer uma proposta de quitação.

O dinheiro da restituição do IR é uma excelente oportunidade para por as contas atrasadas em dia, reequilibrar o orçamento e seguir sua rotina financeira com mais disciplina, planejamento e controle.

Dê o pontapé inicial na sua reserva de emergência

Também conhecida como “reserva de liquidez”, a reserva de emergência deve ser a primeira das aplicações necessárias para quem quer se planejar para o futuro, e o dinheiro da restituição pode ser uma excelente oportunidade para você iniciar a sua. Afinal, ninguém está livre de passar por uma situação de aperto inesperada, e é nessas horas que a reserva de emergência entra em cena, funcionando como um salva-vidas que nos ajuda a retomar o fôlego para seguir adiante. Ela nada mais é do que uma economia de dinheiro feita ao longo do tempo, com o objetivo principal de cobrir nossas despesas fixas por um determinado período, em caso de passarmos por uma perda repentina (parcial ou total) de renda. Ela também é o ponto para adentrarmos no mundo dos investimentos com segurança.

Que tal começar a investir?

Aqui, antes de mais nada cabe uma reflexão: afinal, vale a pena investir mesmo quando se tem dívidas? A resposta é: depende. De modo geral, para quem ainda tem pendências financeiras, é pouco provável que valha a pena investir sem antes quitar todas elas. Isso porque é muito difícil que qualquer aplicação financeira, especialmente as mais indicadas para quem está começando, ofereça uma remuneração superior aos juros das linhas de crédito mais usuais, que em geram cobram taxas elevadas. Nesse caso, faz mais sentido concentrar esforços financeiros em se livrar das dívidas, e só então, com o saldo devedor zerado, partir para um investimento.

Mas se os juros associados às suas dívidas não estão tão elevados e você está dando conta de pagá-las em dia, então talvez essa seja uma oportunidade para começar a investir. Para isso, o mais importante é entender qual o tipo de investimento mais apropriado ao seu perfil, à sua realidade atual e aos seus objetivos futuros. Para quem

está começando, o mais indicado costuma ser aplicar o dinheiro em produtos de renda fixa com liquidez diária, como os títulos públicos do Tesouro Diretos e os CDBs.

Seja qual for o valor da sua restituição, ele deve ser encarado como uma espécie de ponto de partida. Com o tempo, você ganhará familiaridade com esse universo e se tornará apto a fazer aportes mais elevados e diversificar a sua carteira.

Calendário de restituição 2023

O primeiro lote da restituição do Imposto de Renda foi pago pela Receita Federal no dia 31 de maio, mesmo dia em que se encerrou o prazo para o contribuinte entregar sua declaração deste ano. O valor pago foi nada menos do que o maior da história: R$ 7,5 bilhões a 4,1 milhões de pessoas.

Receberam no primeiro lote do Imposto de Renda os contribuintes que têm prioridade legal: idosos acima de 80 anos, contribuintes entre 60 e 79 anos, pessoas com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave, contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério e contribuintes que não possuem prioridade legal, mas que receberam prioridade por terem utilizado a declaração pré-preenchida ou optado por receber a restituição via Pix.

Para saber quando será a sua vez de receber a restituição, o contribuinte deve acessar a página principal da Receita Federal na internet, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”.

Confira abaixo o cronograma oficial da Receita Federal para pagamento por lote.

• 1º lote da restituição – 31 de maio

• 2º lote – 30 de junho

• 3º lote – 31 de julho

• 4º lote – 31 de agosto

• 5º lote – 29 de setembro

Leia mais: Imposto de Renda 2023

Categorias
Siga a Crediativos