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Sabe quando a ressaca do excesso de consumo bate mais forte e você acorda decidido a segurar a onda nas compras e não passar o cartão de crédito naquele dia? “Só um dia, vai, eu consigo”, você diz a si mesmo, depois de ter gastado como se não houvesse amanhã por vários dias seguidos, e sentido no bolso e no coração a dor da fatura recém-chegada.

Assim que você põe os pés na rua, no entanto, vem a sensação de que tudo à sua volta é um chamado para consumir alguma coisa. Então, você decide ficar em casa para não ceder à tentação. Mas logo bate aquela fominha, e a primeira ideia que vem à sua mente, claro, é: “hum vou pedir um lanche pelo aplicativo”. E quando se dá conta, a promessa de poucas horas atrás já tinha ido por água abaixo.

Se deixar de consumir de forma automática, impensada e desmedida já é difícil por um único dia, imagine o tamanho do desafio que a maioria de nós, vivendo em um mundo em que somos constantemente impactados por novas marcas, lançamentos e promoções, tem pela frente caso queira adotar um estilo de vida que contemple um consumo consciente e saudável.

Mais do que uma decisão, esse caminho envolve um esforço contínuo para transformar hábitos enraizados desde a nossa infância e reforçados ao longo dos anos. Continue a leitura e confira a seguir algumas dicas.

Afinal, o que é consumo consciente?

Ter o consumo como ferramenta de bem-estar e não como um fim em si mesmo. Essa talvez seja a frase que melhor define o consumo consciente. Afinal, muito além de deixar de comprar, o que precisamos para aderir a ele é mudar a forma como consumimos, as motivações e os questionamentos que fazemos a nós mesmos antes de tomar uma decisão de compra. 

A verdade é que muitas vezes consumimos apenas por impulso, para sanar pequenas frustrações ou grandes dores, para nos sentirmos inseridos em um grupo social ou compensarmos insatisfações e lacunas emocionais das quais nem nos damos conta. O hábito de gastar sem questionar a real necessidade do que estamos consumindo, sem antes procurar alternativas menos caras, sem pensar em durabilidade e custo-benefício, acaba por criar rombos de origem invisível em nossa conta bancária.

O consumo consciente envolve adotar hábitos mais saudáveis, e, principalmente, mais sustentáveis de compra, usando os recursos da forma mais responsável e racional possível. Isso quer dizer que a sua forma de consumir deve levar em conta não apenas necessidades e desejos imediatos, mas, principalmente, os que virão lá na frente.

Indo além, o conceito também implica consumir de forma mais solidária, respeitosa e inclusiva, levando em conta os impactos do consumo para o meio ambiente e para a sociedade com um todo. Ou seja, com cautela, inteligência e planejamento, fazer uso consciente e responsável dos recursos disponíveis hoje, para evitar escassez futura, para nós mesmos e para os outros.

Dicas para adotar o consumo consciente no seu dia a dia

Desde que nos conhecemos por gente, vivemos sob um bombardeio de comerciais que apelam para as mais recentes tendências de consumo, despertando um desejo irresistível por algo de que não precisamos de fato.

Somos influenciados por padrões e valores que encontram no consumo uma forma de felicidade instantânea, capaz de proporcionar bem-estar e status social.  Essa visão de mundo acaba por moldar a forma como nos relacionamos com os produtos e serviços que consumimos e pode representar um obstáculo para desenvolvermos a prática do consumo consciente.

Por isso, a Crediativos traz a seguir algumas dicas de ouro para você começar a romper com padrões nocivos à sua saúde financeira e cultivar uma forma mais saudável, sustentável e solidária de consumo, que almeje não apenas garantir um futuro próspero para você mesmo, como também deixar um mundo melhor para as próximas gerações.

1. Organize-se antes de ir às compras

Além de pesquisar preços, modelos e variedades de um mesmo produto ou serviço, é importante olhar para o que você já tem. Se for ao supermercado, por exemplo, confira antes a despensa, os armários, a geladeira, os banheiros e a área de serviço.

Confira tudo o que está faltando, está próximo do vencimento, ou já está no fim, e então faça uma lista do que realmente precisa. Se for comprar um presente ou um item de necessidade, faça uma busca virtual antes de ir a uma loja física. Assim você já sai de casa tendo uma ideia de quanto vai gastar e se protege dos preços abusivos.

2. Avalie os impactos do seu consumo

Preservar o planeta e a sua conta bancária. Essa deve ser a meta. Antes de qualquer compra, questione se as suas escolhas estão levando em conta sua qualidade de vida, sua saúde física e financeira e os impactos para o meio ambiente e para a sociedade. Elimine excessos e desperdícios e lembre-se sempre de que, quando se trata de consumir, a máxima de que menos é mais quase sempre te guiará às escolhas mais conscientes e sustentáveis.  

3. Cheque suas motivações

Muitas vezes um ato de compra é simplesmente um refúgio em momentos de instabilidade emocional. “Trabalhei demais essa semana”, “Estou de TPM”, “Sextou, hoje eu posso”. Cuidado com esses argumentos: nessas horas, tudo pode ser desculpa para nos convencermos de que merecemos um “pequeno mimo”, que no dia seguinte pode se transformar em um grande arrependimento.

4. Questione-se: preciso mesmo disso?

Sabe aquelas perguntinhas básicas? Quero? Mereço? Preciso? Posso? Devo? Pois é. Elas devem vir à sua mente toda vez que você estiver diante de uma decisão de compra. Use-as para orientar suas emoções, especialmente quando elas estão te empurrando para compras impulsivas e más decisões. E o mais importante: a ordem é só comprar quando a resposta for “sim” para todas elas. 

Normalmente nós já conhecemos nossos próprios gatilhos e, conforme vamos treinando esses questionamentos, vai ficando mais fácil reconhecer se de fato precisamos de algo e ou se estamos apenas nos enganando para satisfazer um impulso momentâneo.

5. Antes de comprar, reaproveite

Reutilize produtos e embalagens, aposte nas reformas e pequenos reparos antes de jogar fora o que parece não ser mais aproveitável, não compre mais daquilo que você pode reaproveitar. Seu bolso e o planeta agradecem.

Leia também: Crédito consciente 6 dicas de como praticar

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