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Os recentes números recordes sobre o endividamento dos brasileiros resultam, em boa parte, do uso sem controle que fazem do cartão do crédito e dos juros cobrados deles pelas operadoras de cartões.

E, embora 86,6% dos endividados tenham pendências relacionadas aos cartões, poucos deles sabem exatamente como funcionam os juros do segmento, por que são tão altos, como variam conforme a operadora e como perigam tornar-se uma bola de neve se não pagos no vencimento.

Dados divulgados pelo Banco Central, relativos a janeiro de 2023, revelam que as instituições financeiras estão cobrando em média 411,5% de juros ao ano (14,5% ao mês) na modalidade de “crédito rotativo” (quando o consumidor não paga o total da fatura e acumula débitos para o mês seguinte).

Ou seja, se você ainda pensa que pagar o valor mínimo da fatura é suficiente para não ter problemas com dívidas, saiba que essa é uma cilada perigosa. Afinal, quando se paga apenas o mínimo, os juros e encargos são adicionados ao saldo devedor e se acumulam cada vez mais.

A verdade é que o cartão de crédito é um recurso muito útil no dia a dia, mas que deve ser usado de forma equilibrada e, principalmente, organizada. Afinal, se você gastar mais do que o dinheiro disponível na sua conta no dia de pagar a fatura, terá de arcar com juros muito elevados.

Acompanhe, a seguir, algumas informações essenciais que você deve ter sobre o funcionamento dos cartões para não acabar asfixiado por eles.

juros cartão de crédito

  1. Os cartões são úteis e práticos para pagar contas e despesas sem que você precise andar com muito dinheiro no bolso. Os juros variam de bandeira para bandeira e são cobrados se você deixar de liquidar a fatura no vencimento. Nesse caso, sim, uma taxa de juros diária é acrescida ao valor que você deixou de pagar, e essa taxa varia conforme a operadora.

  2. Além desses juros, as operadoras costumam cobrar uma anuidade pelo uso do cartão; cobrar por saques de caixas eletrônicas; cobrar por pagamentos de boletos. Cobram também uma taxa quando o usuário excede os limites previstos em seu contrato. Essas taxas podem variar conforme a pontuação do usuário ao longo do tempo.

  3. Geralmente é possível parcelar a fatura mensal do cartão, evidentemente com o risco de que esse parcelamento transforme o débito em uma bola de neve.  

  4. Levantamento feito pela Associação Nacional dos Dirigentes de Finanças (Anefac) revelou que a taxa média de juros cobrada pelas operadoras de cartões é de 13,96% ao mês, correspondente a 379% ao ano. No entanto, 22% dos usuários imaginam que a taxa média de juros no cartão é de 5% ao mês, 36% entendem que ela é 5% a 10%; e 13% ignoram por completo de quanto seja essa taxa – como se ela fosse irrelevante.

  5.  O crédito disponível que aparece nos extratos pode passar ao usuário a percepção de que ele tem renda superior à que sua conta bancária mostra, quando aquele é um valor a ser usado só em emergências.

  6. Um erro comum é pagar o valor mínimo da fatura do cartão: isso é como estar contraindo com a operadora um empréstimo com juros altos e multa pelo atraso. Na opinião de especialistas, esse valor deve corresponder, no máximo, a 30% da renda mensal do interessado.

  7. Para não cair em tentações, é bom saber que as instituições financeiras estão cobrando, em média, nada menos que 411,5% ao ano (ou 14,5% ao mês) na modalidade “crédito rotativo”.

Mas o cartão de crédito é sempre o vilão da novela?

Quase sempre, na atual fase da economia brasileira, com o alto endividamento da população. Mas é preciso dar um desconto a seu favor. Por exemplo, o programa de milhagem, conversível em créditos em passagens aéreas em favor do usuário, é uma boa vantagem para quem tem planos de viajar, podendo também funcionar como cashback. O cartão é inofensivo, também, para quem, na hora de pagar as contas, o usa no modo débito.

Leia também: Quais dívidas quitar primeiro? Métodos para uma boa estratégia de quitação

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